Se ocorreu um fenômeno denominado “Big Bang”, forças se uniram em uma proporção matemática capaz de gerá-lo, então, tal proporção era válida desde antes da produção do Cosmo. Todos os fenômenos da natureza expressam proporções matemáticas válidas antes dos fenômenos se manifestarem. As totalidades dessas proporções matemáticas que regem os Cosmos existem eternamente, muito antes da existência dos Cosmos, inclusive as proporções que permitem que um animal dotado de um cérebro seja capaz de pensar e ter consciência. Tomando a totalidade dessas proporções e relações, chega-se ao Logos Divino.
O Logos Divino existe antes do Universo. Isso é um dado cientifico que ninguém pode responder; dizer que as proporções não eram válidas na esfera das possibilidades, e que elas só se tornaram válidas na realidade, é um erro, pois, aquilo que é real é, por definição, possível.
O esquema total das possibilidades realizáveis é o Logos Divino: Onipotente Onisciente e Onipresente pelo fato de que não podemos observar o Logos Divino fora dele, pois, vivemos nele. Deus não poderia criar o Universo e ficar fora dele nem um milésimo de segundo: o Cosmo é uma propriedade de Deus. Se Deus transcende ao Universo (aquilo que transcende, por definição, abrange), então, Deus não é uma coisa e o Universo, outra (apóstolo São Paulo dizia: “nele nós vivemos, nele nós movemos e somos” – Atos 17:28-30).
Deus é o “dono” absoluto da lógica. E, nem tudo pode ser provado cientificamente. [Por exemplo, se você recebe um cheque, não é possível provar cientificamente que ele possui fundos. Antes de sacá-lo, o cartão do pagador poderia ser clonado e utilizado. Explique, cientificamente, quais os números serão sorteados na próxima Mega Sena e me fale! Isso é o mesmo que pedir provas cientificas da existência ou inexistência de Deus – boboca, esse conceito], a ciência mal serve para explicar as propriedades do Logos Divino que regem o “nosso Cosmo”, quanto mais o “pré-Cosmo”!
Não somos telespectadores que observamos de fora o que se passa lá dentro, portanto, não podemos, de dentro, explicar o que existe lá fora! Pasteur dizia: “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima”. Mas, aí, é preciso unir a ciência e a filosofia.
Quando você olha uma pedra, ela está lhe passando informações como presença e estrutura (propriedades). Se você afirmar que esse objeto não é inteligente, e que nele próprio existe apenas a presença inerte de um corpo sem inteligência, então, explique: Como é possível estudar a estrutura da pedra? Em uma rocha existe uma série de informações gravadas, das quais até mesmo mineralogistas podem desconhecer. O Universo é inteligente, o Universo é Divino.
Imaginar Deus como um “ser grandão” que gera outros menores é de uma infantilidade enorme. Ter ouvido ou lido na Bíblia: “faça-se a Terra” não significa que “alguém” estava em posse de uma varinha de condão, mas significa o reagrupamento de uma parcela do Logos Divino. É exatamente por tal motivo que muitos, quando veem pessoas com doenças sérias ou grandes injustiças, afirmam: “Deus não existe”. Essa gente não nota que nós somos a parte “inconscientemente” do Logos Divino, e que, do contrário, seríamos apenas fantoches. A parte inconscientemente não significa a parte não amada, mas, por ser amada, torna-se inconscientemente.
Se você pode dizer “eu” com alguma consciência de causa é pelo fato de que isso existe dentro do Universo.
Proferido por Olavo de Carvalho.
Adaptado por Eric M. Rabello. Revisado por Fabio Rabello.
Nota do editor:
Esta postagem é uma transcrição adaptativa e não integral do Programa True Outspeak, transmitido em 2010.
Ouça a um trecho (transmitido em 2010) de um dos programas True Outspeak que formam esta postagem:
Para um maior detalhamento assista ao vídeo anexo, nele em aula gravada, o Professor Orlando Fedeli (1933 – 2010) apresenta cinco vias que evidenciam a existência de Deus:
É isto mesmo. Se algo existe, é pois já estava concebido antes de existir. Coisa óbvia demais.